Você sabe quais são?
As plantas do gênero Adenium são popularmente conhecidas como Rosas do Deserto. O habitat natural dessas maravilhosas plantas são as regiões quentes e secas da África, o extremo sul da Península Arábica e a ilha de Socotra.
Alguns pesquisadores botânicos afirmam que há apenas uma espécie de rosa do deserto, a Adenium obesum, enquanto as demais espécies seriam, na verdade, sub-espécies ou variedades desta. As opiniões contrárias defendem que as Adeniums multiflorum, swarzicum, somalense, crispum, oleifolium, arabicum, boehmianum e socotratum, tratam-se de espécies distintas, originárias de climas semi-áridos.
Mas quantos são os tipos de rosas do deserto que podemos encontrar?
As informações que apresentamos abaixo são as que estão disponíveis em livros e sites sobre o assunto.
1. Adenium obesum
É o tipo mais difundido em seu habitat natural. Ocorre naturalmente em uma ampla faixa da África subsaariana, desde o Senegal e Mauritânia, até o Sudão e o Quênia. Seu período de floração é relativamente longo no verão e, em um local quente e com bastante Sol, pode ser mantida em crescimento durante o inverno. Essa é a espécie de rosa do deserto mais cultivada e tem sido utilizada como uma das matrizes para muitas plantas híbridas. Suas flores variam em tamanho, mas normalmente apresentam cerca de 5 centímetros de diâmetro. As margens das pétalas variam de rosa a vermelho escuro e gradualmente tendem ao branco perto do miolo da flor. As plantas jovens, germinadas de semente, têm um caudex gordinho e a planta, em sua fase adulta, desenvolve um tronco muito mais robusto. As plantas advindas de estacas enraizadas só formam um tronco mais grosso com o passar de bastante tempo.
Figura 1. Adenium obesum
(Fonte: garden.org)
2. Adenium multiflorum
Essa rosa do deserto é frequentemente apresentada como uma variedade da Adenium obesum, porém é bastante diferente em diversos aspectos. É provavelmente o segundo tipo de rosa do deserto mais comum. Essa variedade possui um tronco mais delgado que Adenium obesum, e, obrigatoriamente, entra em dormência no inverno. Sua florada dura de 3 a 4 meses no inverno, enquanto fica sem folhas. As flores são abundantes e possivelmente as mais marcantes de todo o grupo. As pétalas possuem, em suas bordas, uma faixa vermelha brilhante de larguras variadas que é nitidamente delimitada das partes internas, que são mais brancas. Essa rosa do deserto é originária de Moçambique e países vizinhos ao sudeste da África.
Figura 2. Adenium multiflorum
(Fonte: worldofsucculents.com)
3. Adenium swazicum
A rosa do deserto conhecida como Adenium swazicum pode ser encontrada em viveiros especializados. Sua localização de origem encontra-se na Suazilândia e áreas adjacentes a leste da África do Sul e Moçambique. Embora esta rosa do deserto seja de fácil cultivo, ela é muito suscetível ao ataque de ácaros. Quando cultivadas em áreas muito sombreadas, as hastes desta planta tender a pender. Suas flores apresentam coloração uniforme, variando entre os tons de rosa, podendo também aparecer em tons de roxo rosado. O período de floração dessa rosa do deserto ocorre entre alguns meses no final do verão e outono. Porém o cultivar conhecido como “Perpetual Pink” tem um período de floração mais longo.
Figura 3. Adenium swazicum
(Fonte: flickr.com)
4. Adenium somalense
Essa espécie de rosa do deserto trata-se de outra variável. Naturalmente pode ser encontrada ao sul da Somália, no Quênia e na Tanzânia. Em seu habitat natural, esta planta se torna uma pequena árvore, com aproximadamente 4,5 metros de altura, e com um tronco massivamente inchado. Em outras áreas, essa rosa do deserto é mais arbustiva e semelhante à Adenium obesum. Suas flores são um pouco menores, porém similares àquelas apresentadas pela A. obesum.
Figura 4. Adenium somalense
(Fonte: flickr.com)
5. Adenium crispum
Por muitas vezes essa planta é apresentada como sendo uma subespécie da Adenium somalense. Entretanto, recentemente tem-se divulgado que essas duas são espécies diferentes. Adenium crispum é uma espécie anã da costa desértica da Somália. Essa planta desenvolve uma bela forma em miniatura, e seu caudex é subterrâneo, espesso e muito grande, dele crescem alguns caules finos, com não mais que 0,5 metro de altura. Suas flores são menores do que na maioria das outras Adeniums, porém a planta as produz em abundância e com belas faixas vermelhas e brancas.
Figura 5. Adenium crispum
(Fonte: desertplantsimages.blogspot.com)
6. Adenium oleifolium
Essa é outra espécie pequenina, com caudex subterrâneo e alguns caules de pouco mais de 0,5 metro de altura. Ela é originária do deserto de Kalahari, ao sul de Botswana, e ao norte da Namíbia e África do Sul. É uma espécie de crescimento lento, com flores relativamente pequenas. Comercialmente, é possível encontrá-la em viveiros, porém não é frequentemente cultivada.
Figura 6. Adenium oleifolium
(Fonte: overplant.ru)
7. Adenium arabicum
Como podemos perceber pelo próprio nome, essa rosa do deserto vem da Península Arábica, especialmente da Arábia Saudita e do Iêmen. É possível que existam duas plantas diferentes provenientes desta mesma região. A primeira delas (tipo 1), é rosa do deserto encontrada na Arábia Saudita, que cresce verticalmente, pode ter até 3,5 metros de altura e se parece um pouco com a Adenium somalense. A segunda delas (tipo 2), é uma rosa do deserto mais baixa, com caules inclinados e ramificações que saem do caudex. Seu caudex é esférico e pode apresentar até 1 metro de diâmetro! Ambas as formas ficam inativas no inverno, mas começam a desenvolver novos botões, flores e folhas à medida que os dias começam a ficar mais longos e quentes.
Figura 7. Adenium arabicum - tipo 1 (esquerda) e tipo 2 (direita)
8. Adenium boehmianum
Essa rosa do deserto é uma espécie mais ocidental, proveniente do noroeste da Namíbia e do sul da Angola. Seu crescimento é lento, precisa ter vários anos de idade antes que possa florescer. A coloração de suas flores, geralmente é rosa-roxo pálido e uniforme. Na natureza, a Adenium boehmianum pode ser encontrada sob a forma de arbustos pequenos, pouco ramificados, apresentando de 0,5 a 1,20 metros de altura.
Figura 8. Adenium boehmianum
(Fonte: raritet-plants.ru)
9. Adenium socotranum
Atualmente, essa rosa do deserto é uma raridade. Na natureza, pode ser encontrada apenas na isolada (e muitas vezes inacessível) ilha de Socotra, no Oceano Índico. Esta espécie é a gigante do grupo. Seu tronco é maciço e pode chegar até 3 metros de altura, com 2,5 metros de diâmetro. Sua raridade é decorrente da baixa disponibilidade das plantas e sementes para o cultivo fora do habitat natural. Porém na ilha de Socotra a Adenium socotranum ocorre aos milhares. Esforços recentes para propagar e manter esta espécie de rosa do deserto, estão sendo bem-sucedidos e mudas podem ser, ocasionalmente, em sites e em viveiros especializados; devido à raridade estas mudas tendem a ser um pouco mais caras.
Figura 9. Adenium socotranum
(Fonte: ontheroad.blogspot.com)
Referência bibliográfica:
- Desert Rose, Adenium obesum. University of Wisconsin-Madison: https://wimastergardener.org/article/desert-rose-adenium-obesum/
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